Garantir uma iluminação de emergência correta é fundamental para que em caso de apagões ou situações críticas — como incêndios — as pessoas consigam enxergar rotas de fuga, sinalizações e zonas seguras. Entretanto, muitos projetos pecam justamente no momento de especificar e instalar essas luminárias. A seguir, descubra os erros mais recorrentes e como evitá-los com práticas seguras e normativas atualizadas.
A principal referência técnica para sistemas de iluminação de emergência no Brasil é a ABNT NBR 10898, que determina os requisitos mínimos para projeto, instalação, operação e manutenção desses sistemas.
Em 2023, essa norma foi atualizada (versão 2023) para oferecer critérios mais modernos e alinhados às exigências de segurança.
Entre os pontos alterados estão:
Extensão da autonomia exigida (de 1 hora para 2 horas em muitos casos)
Novos critérios para fluxo luminoso, ofuscamento, índice de proteção (IP) e estabilidade da luz ao longo do tempo
Integração com sistemas de alimentação centralizada (baterias, UPS, geradores)
Mesmo com normas bem definidas, muitos projetos falham por cometer deslizes técnicos. Veja alguns dos mais comuns:
Autonomia insuficiente
Muitos instaladores consideram 1 hora de autonomia, mas a norma atual exige 2 horas ou mais para muitos casos.
Distância excessiva entre pontos de luz
A norma (e instruções técnicas como IT-18/2025) define limites máximos: distância entre luminárias (aclaramento) até 15 m, e entre luminária e parede até 7,5 m.
Altura de instalação inadequada
Instalações fora da faixa ideal (por exemplo, abaixo de 2 m ou acima de 3 m sem adequação) prejudicam a distribuição luminosa.
Iluminância insuficiente
As áreas de circulação plana exigem pelo menos 3 lux; escadas e áreas com obstáculos, 5 lux; áreas de risco mais crítico, até 15 lux.
Iluminação “pontual” sem cobertura adequada
Apenas luminárias de balizamento ou placas iluminadas não são suficientes quando não há cobertura ampla do ambiente.
Uso de luminárias com “decay” excessivo
Nem todo bloco autônomo mantém a intensidade adequada ao longo da autonomia completa. A norma limita a queda para no máximo 10% entre início e fim.
Fontes de alimentação mal dimensionadas
Erros no circuito de recarga das baterias, compartilhamento com outros circuitos ou uso de sistemas inadequados comprometem o funcionamento.
Para que o sistema atue bem quando for exigido:
Dimensione luminárias conforme cálculo luminotécnico, garantindo uniformidade e cumprimento dos lux mínimos.
Utilize blocos autônomos ou sistemas centralizados exclusivos para iluminação de emergência.
Garanta que o funcionamento ocorra sem intervenção manual (devem acionar automaticamente).
Escolha luminárias que suportem temperatura de até 70 °C por, no mínimo, 1 hora em ensaios.
Faça testes periódicos completos (simular falta de energia, observar comportamento durante toda a autonomia).
Se possível, utilize automação e monitoramento remoto para detectar falhas precoces.
Mantenha manutenção preventiva e substituição de baterias conforme vida útil (normalmente 4 anos nas especificações recentes).
Instalar uma iluminação de emergência correta não basta, é preciso prever, projetar e testar para que ela funcione de fato quando necessário.
Com projetos e instalações alinhados às normas, testes regulares e manutenção preventiva, sua edificação ganha em segurança, conformidade e confiabilidade.
A Alternativa Incêndios oferece suporte completo para projetos de iluminação emergencial, auditoria de sistemas, manutenção e integração com demais soluções de proteção contra incêndio.